A Pombinha e o Menino.
Ruflando as penas pela manhã,
Serena, doce ergue-se para o dia...
Despreocupada com o futuro da tarde
Brilha, sorri, contagia o caminho.
Voa por corações tensos os massageando.
A cada minuto do despertar do sol
Que no azul celeste feito um giz riscando
Vai com suas asas de algodão vagando.
E no asfalto o menino sem pena
De ser feliz ao belo dia diz:
Vou brincar, vou crescer, vou ser.
Quero voar. Volte aqui pomba e me diz:
Como ter a calma e a tranqüilidade pra voar.
E o homem enjaulado na sua suada liberdade
Não respira, não vibra, não sonha, nem vê o céu.
Morre a cada dia tentando construir o porvir e a sina.
Não inspira e expira o belo do dia a clarear,
Como o menino e a pombinha.
De: Daniel Rosa
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