segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uma linda história triste

Luci..Era uma Vez

Contos..historias..cenas ..testemunhos ..lembranças..de vidas..umas com um final feliz e, outras com o destino de luta interior..de batalha espiritual e tantos motivos que geram uma historia..uma linda historia de vida..
Vivemos cada um de nós estes contos ..estes testemunhos e, cada final desenhamos o livre arbitrio que Deus nos deu..e cada passo errado, fica marcado em nossas almas com uma cicatriz que dói..quando lembramos, e esta dor finhinha que continua machucando nos faz ser exemplos,que podem ajudar alguem com a lição que  passamos com nossos erros. Fiquem com a Paz de Deus


Luci..Era uma Vez

Uma Verdadeira Historia de Amor ...

Quando um homem ama uma mulher - Tradução

Amo esta Vida

Amo essa vida
que me trás alegria.
Tanto noite como dia
Sua beleza irradia!
Amo essa vida
no tom azul da cor do mar,
no brilho intenso do luar,
na aurora a despontar!
Mas amo tanto essa vida
sem razão pra desespero,
pois é nela que espero,
uma chance pra lutar.
Como não amar essa vida,
se foi o próprio Deus quem a me deu?
A Ele dedico minha vida.
A vida que Deus me deu!

A Ratoeira

Um rato olhando pelo buraco na parede vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali.
Ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira.

Foi para o pátio da fazenda advertindo a todos:



" Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa."

A galinha, que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e disse:

"Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que é um grande problema para o senhor,
mas não me prejudica em nada, não me incomoda."

O rato foi até o porco e disse a ele:

"Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira."

"Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar.
Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces."

O rato dirigiu-se então à vaca. Ela disse:

"O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!"

Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua
vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro,
ela não viu que a ratoeira pegou a cauda de uma cobra venenosa.

A cobra picou a mulher.


O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja.

O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e muitas Pessoas vieram visitá-la.


Muita gente veio vê-la o fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo.

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Frases do dia

Transportai um punhado de terra todos os dias e farás uma montanha."
--Confúcio





Existem homens que lutam um dia e são bons; existem outros que lutam um ano e são melhores; existem aqueles que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, existem os que lutam toda a vida. Estes são os imprescindíveis."
--Bertolt Brechet

Coma os Morangos

Coma os morangos


Um sujeito estava caindo em um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore.

Em cima do barranco, havia um urso imenso querendo devorá-lo.

O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua frente.

Embaixo, prontas para engoli-lo quando caísse, estavam nada mais nada menos do que seis onças tremendamente famintas.

Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando.

Abaixava depressa a cabeça para não perde-la na sua boca.

Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas de seu pé.

As onças embaixo querendo come-lo, e o urso em cima querendo devora-lo.

Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas douradas refletindo o sol.

Num esforço supremo, apoiou seu corpo, sustentado apenas pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango.

Quando pode olha-lo melhor, ficou inebriado com sua beleza.

Então, levou o morango a boca e se deliciou com o sabor doce e suculento.

Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso.

Talvez você me pergunte: "Mas, e o urso?" Dane-se o urso e coma os morangos!

E as onças? Azar das onças, coma os morangos! As vezes, você esta em sua casa no final de semana com seus filhos e amigos, comendo um churrasco.

Percebendo seu mau humor, seu(sua) esposa(o) lhe diz: - Meu bem, relaxe e aproveite o domingo!

E você, chateado(a), responde: "Como posso curtir o domingo se amanhã vai ter um monte de ursos querendo me pegar na empresa?" Relaxe e viva um dia por vez:

Coma o morango. Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro.

Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças, arrancar nossos pés. Isso faz parte da vida, é importante saber comer os morangos, sempre.

A gente não pode deixar de come-los só porque existem ursos e onças.

Você pode argumentar: Eu tenho muitos problemas para resolver.

Problemas não impedem ninguém de ser feliz. O fato de seu chefe ser um chato não é motivo para você deixar de gostar de seu trabalho.

O fato de sua mulher estar com tensão pré-menstrual não os impede de tomar sorvete juntos.

O fato do seu filho ir mal na escola não e razão para não dar um passeio pelo campo.

Coma o morango, não deixe que ele escape.

Poderá não haver outra oportunidade para experimentar algo tão saboroso.

Saboreie os bons momentos. Sempre existirão ursos, onças e morangos. Eles fazem parte da vida.

Mas o importante é saber aproveitar o morango, porque o urso e a onça não dão tempo para aproveitar.

Coma o morango quando ele aparecer. Não deixe para depois. O melhor momento para ser feliz é agora. O futuro é ilusão que sempre será diferente do que imaginamos.

As pessoas vê o sucesso como uma miragem.

Como aquela historia da cenoura pendurada na frente do burro que nunca a alcança.

As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade. Então, continuam avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes.

Vivem esperando o dia em que alcançarão algo que as deixarão felizes.

Elas esquecem que a felicidade e construída todos os dias.

A felicidade não e algo que você vai conquistar fora de você. A felicidade é algo que vive dentro de você, de seu coração.

Como o Carvalho

Como o carvalho


Todas as vezes que nos deparamos com problemas em nossa vida, observamos o quanto somos frágeis.

As alegrias se vão e só fica a verdade de que somos impotentes para lidar com adversidades que surgem no decorrer de nossa existência.

Deus nos deixa lições interessantes em sua criação para nos mostrar o contrário, que o homem foi criado forte e que essa força é sempre adquirida e absorvida dessas situações adversas.

Você conhece uma árvore chamada CARVALHO?

Pois é, essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos como um medidor de catástrofes naturais do ambiente.

Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorridas numa determinada floresta, eles observam logo o carvalho (existindo no local, é claro), que naturalmente é a árvore que mais absorve as conseqüências de temporais.

Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica!

Suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo!

Mas não pense que os cientistas precisam fazer essas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho.

Por absorver as conseqüências das tempestades, a robusta árvore assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força.

Muitas vezes uma aparência triste!

Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça!
Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme!

Assim somos nós.

Devemos tirar proveito das situações contrárias à nossa vida e ficar mais fortes!

Um pouco marcados. Muitas vezes com aparência abatida, mas fortes!!!

Com raízes bem firmes e profundas na terra!

Podemos, com isso, compreender o que o nosso PAI maravilhoso quis nos ensinar, quando disse que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

CONTEMPLAÇÃO

Ao acordar em uma manhã de chuva, despertei com uns pingos finos que caíam sorrateiramente sobre a minha pele. Naquela noite, havíamos dormido com as janelas abertas, a do quarto e da sala, para fazer circular o vento que arejava a casa com um frescor de brisa que cheirava a litoral. Resolvi fechar a janela, com receio de um resfriado. Levantei-me com cuidado para não acordar Aline e percebi que, mesmo de janela fechada, o quarto possuía uma claridade natural que me permitia contemplar a presença daquela que há quase três anos divide comigo o repouso de cada noite. Não foi a primeira vez que senti um ardor de felicidade invadir minha alma. Procurei usufruir cada segundo daquele momento com a intensidade que move o coração dos amantes. Com a face voltada para a parte lateral da cama, como costumava dormir, e a boca ligeiramente aberta, Aline transparecia um sono solene. Recordo-me das primeiras vezes que começamos a dormir juntos. Quando namorados, imaginávamos que passaríamos a noite com nossos corpos entrelaçados, sentindo-nos como uma coisa só, respirando o mesmo ar, desfrutando o mesmo espaço, com o intuito de pôr em xeque as leis da física. Já na lua-de-mel, constatamos que não seria tão fácil assim. Eu me sentia um pouco sufocado e ela sempre preferiu dormir de costas para mim. Às vezes assolava-me uma inveja daqueles casais que passavam a noite abraçados como eternos namorados. O fato é que não dormir juntinhos não tornava o nosso sentimento menos sublime e menos intenso que o daqueles que se beijavam em toda e em qualquer circunstância, seja no cinema ou em frente às igrejas, no calor ou no frio, nos finais de tarde ou no resplendor da aurora. Envolvido em patente exultação, deslizei meus dedos por suas costas, percorrendo-lhe a pele até o pescoço, vindo a encerrar o percurso sobre seus cabelos. Estes, além de macios, possuíam tal volume que minhas mãos se perdiam por entre seus fios. Senti sua perna se arrepiar. Um sorriso se desenhou em seus lábios, mas não queria que acordasse. Mais uma vez vieram as recordações e um medo se adentrou por entre as frestas de meus pensamentos, medo de não tê-la conhecido, de não tê-la namorado e, por fim, de não tê-la desposado. Procurei imaginar minha vida sem sua presença ou sem sua existência e, como numa reação de defesa que só os seres vivos possuem, decorrente de um instinto de sobrevivência tão inato ao coração humano, minha mente não concebia tal possibilidade. E, assim, agradeci a Deus. O chuvisco insistia em regar a terra e os jardins do lado de fora e eu não conseguia me virar e continuar dormindo, não por medo de viver um sonho, a realidade era por demais concreta, mas porque aquele era um momento de verdadeira contemplação e, por que não dizer, de comoção. Comprovava-se ali que, para um casal sentir o amor que os envolve, não se faz necessário um entrelaçar de pernas e braços ou de beijos avassaladores, a despeito de esses gestos também se mostrarem como expressões de carinho e afeto. A contemplação da pessoa amada alarga o coração, alimenta a alma e enternece o corpo. Meus dedos percorrem novamente sua pele e vejo seus braços se arrepiarem, como uma espécie de autorização que me impulsiona a não parar. Ao esticar as pernas, num espreguiçar lânguido, percebo que também estas desfrutam o prazer da ternura que procuro transportar para seu corpo. O que mais me impressiona, no entanto, é a exultação de sua presença. Sentia-me em estado de graça. A manhã clama por um novo dia. A chuvinha pára, reabro a janela devido ao calor e volto a dormir, com a certeza de ter experienciado a mais pura e sublime contemplação.
Leonardo Setesois

Frase do dia

Não estrague o seu dia, aprenda, com a sabedoria divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo - sempre - para o infinito Bem.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Parábola do Cavalo

Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda. Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos melhores cavalos havia caído num velho poço abandonado. O poço era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o cavalo de lá. O fazendeiro foi rapidamente até o local do acidente, avaliou a situação, certificando-se que o animal não se havia machucado. Mas, pela dificuldade e alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na operação de resgate. Tomou, então, a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo. E assim foi feito. Os empregados, comandados pelo  capataz, começaram a lançar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo. Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo. Logo os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a  terra enchia o poço, até que, finalmente, conseguiu sair! 
Se você estiver "lá  embaixo", sentindo-se  pouco valorizado, quando, certos de seu "desaparecimento", os outros jogarem sobre você a terra da  incompreensão, da falta de oportunidade e de apoio, lembre-se do cavalo desta história.
Não aceite a terra que jogaram sobre você, sacuda-a e suba sobre ela.
E quanto mais jogarem, mais você vai subindo, subindo, subindo, subindo...
Você é sempre maior que todos os problemas que a vida nos apresenta e dentro de você têm uma força divina que nos impele à Vida.

A Porta Preta

Um chefe árabe conta a história de um espião que foi capturado e sentenciado à morte pelo general do exército Persa.
O general usava um estranho e selvagem método de condenação.
Deixava que o condenado escolhesse: poderia passar por uma porta preta ou poderia enfrentar o pelotão de fuzilamento. Com a aproximação da hora da sentença, o general ordenou que o espião fosse trazido diante dele para uma última e breve entrevista, cujo primeiro propósito era saber a resposta para a pergunta: " O que quer - a porta preta ou o esquadrão de fogo?". Esta não era uma resposta fácil de se dar, e o prisioneiro hesitou, mas logo disse que preferiria o esquadrão de fogo. Logo depois um ruído de tiros indicou que a sentença fora cumprida. O general, olhando as botas, virou-se para seu ajudante e disse: "Assim é com os homens, sempre preferem o caminho conhecido ao desconhecido. É uma característica do ser humano. Ter medo do desconhecido. E eu lhe dei o direito de escolha". "O que existe atrás da porta preta?" - perguntou o ajudante. "A liberdade" - respondeu o general - e poucos foram os homens corajosos que a escolheram".

Não tenha medo de caminhar em direção ao desconhecido.
Arrisque-se a sorrir ou a chorar na hora certa...
Saiba que Deus se importa com você. Confie. Jamais te abandonará.
E no caminho do desconhecido Deus estará ao seu lado.

As Pedras Grandes e o Vaso

Um professor de Ciências de um colégio queria demonstrar um conceito aos seus alunos. Pegou um vaso de boca larga e colocou algumas pedras dentro. Então perguntou a classe: - Está cheio? Unanimemente responderam: - Sim! O professor então pegou um balde de pedregulhos e virou dentro do vaso. Os pequenos pedregulhos se alojaram nos espaços entre as rochas grandes. Então perguntou aos alunos: - E agora, está cheio? Desta vez alguns estavam hesitantes, mas a maioria respondeu: - Sim! O professor então levantou uma lata de areia e começou a derramar areia dentro do vaso. A areia então preencheu os espaços entre os pedregulhos. Pela terceira vez o professor perguntou:  - Então, está cheio? Agora a maioria dos alunos estava receosa, mas novamente muitos responderam: - Sim! O professor então mandou buscar um jarro de água e jogou-a dentro do vaso. A água saturou a areia. Neste ponto, o professor perguntou para a classe: - Qual o objetivo desta demonstração? Um jovem e brilhante aluno levantou a mão e respondeu: Não importa quanto a 'agenda' da vida de alguém esteja cheia, ele sempre conseguirá 'espremer' dentro mais coisas! - Não, respondeu o professor, o ponto é o seguinte: A menos que você coloque as pedras em primeiro lugar dentro do vaso, nunca mais as conseguirá colocar lá dentro. As pedras grandes são as coisas importantes de sua vida: seu relacionamento com Deus, sua família, seus amigos, seu crescimento pessoal e profissional. Se você preencher sua vida somente com coisas pequenas, como demonstrei com os pedregulhos, com a areia e a água, as coisas realmente importantes nunca terão tempo, nem espaço em suas vidas.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Filme Antes que Termine o Dia - Clipe Romântico

Filme Antes que Termine o Dia - Clipe Romântico

Aerosmith - I don't wanna miss a thing theme song from the movie ARMAGEDDON

Conto Chinez

CONTO CHINÊS
Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncipe da região norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte, inclusive quem quer que se achasse digna de sua proposta que não pertencesse à corte.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e apresentaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar à casa e relatar o fato à jovem filha, espantou-se ao saber que ela já sabia sobre o dasafio e que pretendia ir à celebração.
Então, indagou incrédula: — Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura.
A filha respondeu: — Não, querida mãe. Não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei perfeitamente que jamais poderei ser a escolhida. Mas é minha única oportunidade de ficar, pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio: — Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura Imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de cultivar algo, sejam relacionamentos, costumes ou amizades.
O tempo foi passando. E a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara. Usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho; mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e da sua dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data e na hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes. Mas, cada jovem com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe passa a observar cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anunciou o resultado, indicando a bela jovem que não levara nenhuma flor como sua futura esposa. As pessoas presentes na corte tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque o príncipe havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.
Então, calmamente o príncipe esclareceu: — Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma Imperatriz. A flor da Honestidade. Pois, todas as sementes que entreguei eram estéreis.

As Rosas do Infinito

Em deslumbrante paisagem da Esfera Superior, diversos mensageiros se congregavam em curioso certame. Procediam de lugares diversos e traziam flores para importante aferição de mérito.
Na praça enorme, pavimentada de substância semelhante ao jade, colunas multicores exibiam guirlandas de soberana beleza.
Rosas de todos os feitios e cravos soberbos, gerânios e glicínias, lírios e açucenas, miosótis e crisântemos exal¬tavam a Sabedoria do Criador em festa espetacular de cores e perfumes.
Envergando túnicas resplendentes, servidores espirituais iam e vinham, à espera dos juizes angélicos.
A exposição singular destinava-se à verificação da existência de luz divina, nos múltiplos exemplares que aí se alinhavam, salientando-se que os espécimes com maior teor de claridade celeste seriam conduzidos ao Trono do Eterno, como preito de amor e reconhecimento dos trabalhadores do bem.
Os julgadores não se fizeram esperados. Quando a expectação geral se mostrava adiantada, três emissários da Majestade Sublime atravessaram as portas de dourada filigrana e, depois das saudações afetuosas, iniciaram o trabalho que lhes competia. Aquele que detinha mais elevada posição hierárquica trazia nas mãos uma toalha de linho translúcido, o único apetrecho que certamente utilizaria na tarefa de análise das preciosidades expostas.
Cada ramo era seguido de pequena comissão representativa do serviço espiritual em que fora selecionado. Aproximou-se o primeiro grupo, trazendo uma braçada de rosas, tecidas com as emoções do carinho materno que, lançadas à toalha surpreendente, expediram suaves irradiações em azul indefinível, e os anjos abençoaram o devotamento das mães, que preservam os tesouros de Deus, na posição de heroinas desconhecidas. Logo após, brilhante conjunto de Espíritos jubilosos deitou ao pano singular uma coroa de lírios, formados pelas vibrações de fervor das almas piedosas que se devotam nos templos ao culto da fé. Safirinas emanações cruzaram o espaço e os celestes embaixadores louvaram os santos misteres de todos os religiosos do mundo.
Em seguida, alegre comissão juvenil trouxe a exame delicado ramalhete de açucenas, estruturadas nos sonhos e nas esperanças dos noivos que sabem guardar a Bênção Divina, e raios verdes de brilho intraduzível se projetaram em todas as direções, enquanto os emissários do Todo-Mlsericordioso entoaram encômios aos afetos santificantes das almas.
Lindas crianças foram portadoras de formosa auréola de jasmins, nascidos da ternura infantil, e que, depostos sobre a toalha miraculosa, emitiram alvíssima luz, semelhante a fios de aurora, incidindo sobre a neve.
Depois, pequeno agrupamento de criaturas iluminadas colocou, sob os olhos dos anjos, bela grinalda de cravos rubros, colhidos na renunciação dos sábios e dos heróis, a serviço da Humanidade, que exteriorizaram vermelhas emanações, quais se fossem constituídas de eterizados rubis.
E, assim, cada comissão submeteu ao trabalho seletivo as jóias que trazia.
O devotamento dos pais, os laços esponsalícios, a dedicação dos filhos, o carinho dos verdadeiros amigos, a devoção de vários matizes ali se achavam magnificamente representados pelas flores cuja essência lhes correspondia.
Em derradeiro lugar, compareceu a mais humilde comissão da festa.
Quatro almas, revelando características de extrema simplicidade, surgiram com um ramo feio e triste. Eram rosas mirradas, de cor arroxeada, mostrando pontos es-branquiçados à guisa de manchas, a desabrocharem ao longo de hastes espinhosas e repelentes. Depostas, no entanto, sobre a mágica toalha, inflamaram-se de luz solar, a irradiar-se do recinto à imensidão dos Céus.
Os três anjos puseram-se de joelhos. Inesperada comoção encheu de lágrimas os olhos espantados da enorme assembléia. E porque alguns dos presentes chorassem, com interrogações imanifestas, o grande juiz do certame esclareceu, emocionado:
- Estas flores são as rosas de amor que raros trabalhadores do bem cultivam nas sombras do inferno. São glórias do sentimento puro, da fraternidade real, da suprema consagração à virtude, porque somente as almas libertas de todo o egoísmo conseguem servir a Deus, na escória das trevas. Os acúleos que se destacam nas hastes agressivas simbolizam as dificuldades superadas, as pétalas roxas significam o arrependimento e a consolação dos que já se transferiram da desolação para a esperança, e os pontos alvos expressam o pranto mudo e aflitivo dos heróis anônimos que sabem servir sem reclamar. ..
E, entre cânticos de transbordante alegria, as rosas estranhas subiram rutilantes ao Paraíso.
Ó vós, que lutais no caminho empedrado de cada dia, enxugai as lágrimas e esperai! As flores mais sublimes para o Céu nascem na Terra, onde os companheiros de boa-vontade sabem viver para a vitória do bem, com o suor do trabalho Incessante e com as lágrimas silenciosas do próprio sacrifício.
Do livro Contos e Apólogos de Irmão X por Chico Xavier

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Verdade e a Parábolas - Vera Rossi

     Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.

     E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.

     Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

     Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.

     — Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.

     — Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Parábola.

     — Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.

     Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

*

     Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A ULTIMA VIAJEM DE TAXI

» A Última Viagem de Táxi
Houve um tempo em que eu ganhava a vida como motorista de táxi. Os passageiros embarcavam totalmente anônimos. E, às vezes, me contavam episódios de suas vidas, suas alegrias e suas tristezas...
Encontrei pessoas que me surpreenderam. Mas, NENHUMA como aquela da noite de 25 para 26 de julho do último ano em que trabalhei na praça!
Havia recebido já tarde da noite uma chamada vinda de um pequeno prédio de tijolinhos, em uma rua tranqüila do subúrbio de Belo Horizonte, capital das Minas Gerais.
Quando cheguei ouvia cachorros latindo longe. O prédio estava escuro, com exceção de uma única lâmpada acesa numa janela do térreo.
Nestas circunstâncias, outros teriam buzinado duas ou três vezes, esperariam só um pouco e, então, iriam embora.
Mas, eu sabia que muitas pessoas dependiam de táxis como único meio de transporte a tal hora.
A não ser, portanto, que a situação fosse claramente perigosa, eu sempre esperava...
"Este passageiro pode ser alguém que necessita de ajuda", pensei.
Assim, fui até a porta e bati.
"Um minutinho", respondeu uma voz débil e idosa.
Ouvi alguma coisa ser arrastada pelo chão...
Depois de uma pausa longa, a porta abriu-se.
Vi-me então diante de uma senhora bem idosa, pequenina e de frágil aparência!
Usava um vestido estampado e um chapéu bizarro daqueles usados pelas senhoras idosas nos filmes da década de 40! E se equilibrava numa bengala, enquanto segurava com dificuldade uma pequena mala...
Dava para ver que a mobília estava toda coberta com lençóis. Não haviam relógios, roupas ou adornos sobre os móveis. Num canto jazia uma caixa aberta com fotografias e vidros...
A velha senhora, esboçando então um tímido sorriso de quem havia já perdido todos os dentes, pediu-me:
“O senhor poderia me ajudar com a mala?”
Eu peguei a mala e ajudei-a caminhar lentamente até o carro. E enquanto se acomodava ela ficou me agradecendo...
-"Não é nada, apenas procuro tratar meus passageiros do jeito que gostaria que tratassem minha velha mãe”...
-" Oh!, você é um bom rapaz!"
Quando embarcamos, deu-me um endereço e pediu:
-"O senhor poderia ir pelo centro da cidade?"
-" Este não é o trajeto mais curto", alertei-a prontamente.
-" Eu não me importo... Não estou com pressa... Meu destino é o último! O asilo dos velhos"...
Surpreso, eu olhei pelo retrovisor.
Os olhos da velhinha brilhavam marejados...
-" Eu não tenho mais família e o médico me disse que tenho muito pouco tempo"...
Disfarçadamente desliguei o taxímetro e perguntei:
-"Qual o caminho que a senhora deseja que eu tome?"
Nas horas seguintes nós dirigimos por toda a cidade. Ela mostrou-me o edifício na Praça 7 em que havia, em certa ocasião, trabalhado como ascensorista...
Nós passamos pelas cercanias em que ela e o esposo tinham vivido como recém-casados.
E também pela Igrejinha de São Francisco, na Pampulha, onde comemoraram
Bodas de Ouro!
Ela pediu-me que passasse em frente a uma loja de móveis na região da Praça da Liberdade, que havia sido um grande salão de dança que ela freqüentara quando mocinha!
De vez em quando, pedia-me para dirigir vagarosamente em frente a um edifício ou esquina. Era quando ficava então com os olhos fixos na escuridão, sem dizer nada... E olhava. Olhava e suspirava...
E assim rodamos a noite inteira...
Quando o primeiro raio de sol surgiu no horizonte, ela disse de repente:
"Estou cansada... E pronta! Vamos agora!"
Seguimos, então, em silêncio, para o endereço que ela havia me dado. Chegamos a um prédio rodeado de árvores, uma pequena casa de repouso.
Dois atendentes caminharam até o taxi, assim que paramos. Eram amáveis e atentos e logo se acercaram da velha senhora, a quem pareciam esperar.
Eu abri o porta-malas do carro e levei a pequena valise até a porta. A senhora, já sentada em uma cadeira de rodas, perguntou-me então pelo custo da corrida.
-" Quanto lhe devo?", ela perguntou, pegando a bolsa.
-"Nada!", eu disse.
-" Você tem que ganhar a vida, meu jovem”
-" Há outros passageiros", respondi.
Quase sem pensar, curvei-me e dei-lhe um abraço. Ela me envolveu comovidamente e devolveu-me com um beijo afetuoso e repleto da mais pura e genuína gratidão!
E disse:
-"Você deu a esta velhinha bons momentos de alegria, como não tinha há tanto tempo... Só Deus é quem sabe o quanto você
fez por mim! Obrigada, MEU AMIGO!
Mil vezes obrigada!!!”
Apertei sua mão pela última vez e caminhei no lusco-fusco da alvorada sem olhar para trás, pois as lágrimas corriam-me abundantes pela face...
Atrás de mim uma porta foi fechada.
Era o som do término de uma vida...
Naquele dia não peguei mais passageiros.
Dirigi sem rumo, perdido nos meus pensamentos. Mal podia falar.
Dois dias depois, tomei coragem e voltei no asilo para ver como estava a minha mais nova amiga. Me disseram, então, que na noite anterior adormecera para sempre, em paz e feliz...
E fiquei a pensar, se a velhinha tivesse pego um motorista mal-educado e raivoso... Ou, então, algum que estivesse ansioso para terminar seu turno...
Óh, Deus! E se eu houvesse recusado a corrida? Ou tivesse buzinado uma vez e ido embora?...
Ao relembrar, creio que eu jamais tenha feito algo mais importante na minha vida até então!
Em geral nos condicionamos a pensar que nossas vidas giram em torno de grandes momentos.
Todavia,
os GRANDES MOMENTOS freqüentemente nos pegam desprevenidos e ficam guardados em recantos que quase todo mundo considera sem importância...
quando nos damos conta... já passou.
AS PESSOAS PODEM NÃO LEMBRAR EXATAMENTE O QUE VOCÊ FEZ, OU O QUE VOCÊ DISSE.
MAS, ELAS SEMPRE LEMBRARÃO COMO VOCÊ AS FEZ SENTIR-SE.
PENSE NISTO!!!
PORTANTO, VOCÊ PODE
FAZER A DIFERENÇA!
OS IDOSOS DE HOJE, SOMOS NÓS AMANHÃ! Autoria desconhecida

O Conhecimento de si proprio - Kalil Gibran

O Profeta


E um homem disse: “Fala-nos do conhecimento de si próprio.” E ele
respondeu, dizendo: Vosso coração conhece em silêncio os segredos dos
dias e das noites; Mas vossos ouvidos anseiam por ouvir o que vosso
coração sabe. Desejais conhecer em palavras aquilo que sempre
conhecestes em pensamento. Quereis tocar com os dedos o corpo nu de
vossos sonhos. E é bom que o desejeis.
A nascente secreta de vossa alma precisa brotar e correr, murmurando
para o mar; E o tesouro de vossas profundezas ilimitadas precisa
revelar-se a vossos olhos. Mas não useis balanças para pesar vossos
tesouros desconhecidos; e não procureis explorar as profundidades de
vosso conhecimento com uma vara ou uma sonda, porque o Eu é um mar sem
limites e sem medidas.
Não digais: ‘encontrei a verdade. ‘ Dizei de preferência ‘Encontrei
uma verdade. ‘ Não digais: ‘Encontrei o caminho da alma. ‘ Dizei de
preferência: ‘Encontrei a alma andando em meu caminho. ‘ Porque a alma
anda por todos os caminhos. A alma não marcha em linha reta nem cresce
como um junco. A alma desabrocha qual um lótus de inúmeras pétalas.
Então, um professor disse: “Fala-nos do ensino.” E ele respondeu,
dizendo: Homem algum poderá revelar-vos senão o que já está meio
adormecido na aurora do vosso entendimento. O mestre que caminha à
sombra do templo, rodeado de discípulos, não dá de sua sabedoria, mas
sim de sua fé e de sua ternura. Se ele for verdadeiramente sábio, não
vos convidará a entrar na mansão de seu saber, mas vos conduzirá antes
ao limiar de vossa própria mente.
O astrônomo poderá falar-vos de sua compreensão do espaço, mas não vos
poderá dar a sua compreensão. O músico poderá cantar para vós o ritmo
que existe em todo o universo, mas não vos poderá dar o ouvido que
capta a melodia, nem a voz que a repete. E o versado na ciência dos
números poderá falar-vos do mundo dos pesos e das medidas, mas não vos
poderá levar até lá.
Porque a visão de um homem não empresta suas asas a outro homem. E
assim como cada um de vós se mantém isolado na consciência de Deus,
assim cada um deve ter sua própria compreensão de Deus e sua própria
interpretação das coisas da terra.

O Homem e a Natureza

O Homem e a Natureza


Ao romper do dia, sentei-me na campina, travando conversa com a Natureza, enquanto o Homem ainda descansava sossegadamente nas dobras da sonolência. Deitei-me na relva verde e comecei a meditar sobre estas perguntas:
Será a Beleza Verdade? Será Verdade a Beleza?
E em meus pensamentos vi-me levado para longe da humanidade. Minha imaginação descerrou o véu de matéria que escondia meu íntimo. Minha alma expandiu-se e senti-me ligado à Natureza e a seus segredos. Meus ouvidos puseram-se atentos à linguagem de suas maravilhas.
Assim que me sentei e me entreguei profundamente à meditação, senti uma brisa perpassando através dos galhos das árvores e percebi um suspiro como o de um órfão perdido.
“Por que te lamentas, brisa amorosa?” perguntei.
E a brisa respondeu: “Porque vim da cidade que se escalda sob o calor do sol, e os germes das pragas e contaminações agregaram-se às minhas vestes puras. Podes culpar-me por lamentar-me?”
Mirei depois as faces de lágrimas coloridas das flores e ouvi seu terno lamento… E indaguei: “Por que chorais, minhas flores maravilhosas?”
Uma delas ergueu a cabeça graciosa e murmurou: “Choramos porque o Homem virá e nos arrancará, e nos porá à venda nos mercados da cidade.”
E outra flor acrescentou: “À noite, quando estivermos murchas, ele nos atirará no monte de lixo. Choramos porque a mão cruel do Homem nos arranca de nossas moradas nativas.”
Ouvi também um regato lamentando-se como uma viúva que chorasse o filho morto, e o interroguei: “Por que choras meu límpido regato?”
E o regato retrucou: “Porque sou compelido a ir à cidade, onde o Homem me despreza e me rejeita pelas bebidas fortes, e faz de mim carregador de seu lixo, polui minha pureza e transforma minha serventia em imundície.”
Escutei, ainda, os pássaros soluçando e os interpelei: “Por que chorais meus belos pássaros?”
E um deles voou para perto, pousou na ponta de um ramo e justificou: “Daqui a pouco, os filhos de Adão virão a este campo com suas aramas destruidoras e desencadearão uma guerra contra nós, como se fossemos seus inimigos mortais. Agora estamos nos despedindo uns dos outros, pois não sabemos quais de nós escaparão à fúria do Homem. A morte nos segue, aonde quer que vamos.”
Então o sol já se levantava por trás dos picos da montanha e coloria os topos das árvores com auréolas douradas. Contemplei tão grande beleza e me perguntei:
“Por que o homem deve destruir o que a Natureza construiu?”

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PERSISTÊNCIA E FÉ

Persistência e Fé
Esta é a história de um garoto que vivia apenas com seu pai. Ambos tinham uma relação de amizade e respeito muito especial. O menino pertencia à equipe de futebol americano da escola e normalmente não tinha oportunidade de jogar, ou melhor, quase nunca. Mesmo assim, seu pai permanecia sempre nas grades lhe fazendo companhia.
Quando entrou no segundo grau, o jovem era o mais baixo da classe, mas insistia em participar da equipe de futebol do colégio. E seu pai sempre orientava e explicava que ele não tinha que jogar se não quisesse realmente. Mas o garoto amava o futebol e não faltava em nenhum treino ou jogo. Estava decidido a dar o melhor de si e sentia-se comprometido com aquilo.
Os colegas o chamavam de "esquenta banco", porque vivia sentando como reserva. No entanto, seu pai, com espírito lutador, sempre estava nas grades fazendo-lhe companhia, dizendo-lhe palavras de consolo e dando-lhe todo apoio que um filho podia esperar.
Quando ingressou na Universidade, tentou entrar na equipe de futebol, e todos estavam certos de que não conseguiria, mas ele venceu a todos entrando no time. O treinador disse-lhe que o tinha aceitado porque ele demonstrava jogar de corpo e alma em cada um dos treinos e ao mesmo tempo transmitia à equipe grande entusiasmo.
A notícia encheu seu coração por completo, correu ao telefone mais perto e ligou para seu pai, que compartilhou com ele daquela emoção. Sempre enviava ao pai os ingressos para assistir aos jogos da Universidade. O jovem atleta era muito persistente, nunca faltou a nenhum treino ou jogo durante os quatro anos de universidade, mas também nunca teve a chance de participar de nenhum jogo.
Era a final da temporada e justo alguns minutos antes de começar o primeiro jogo das eliminatórias, o treinador lhe entregou um telegrama. O jovem leu e ficou em silêncio por alguns instantes... Respirou fundo e, tremendo, disse ao treinador: - Meu pai morreu esta manhã: existe algum problema se eu faltar ao jogo hoje? O treinador o abraçou e disse: - Tire o resto da semana de folga, filho, e nem pense em vir no sábado.
Chegou o sábado e o jogo não estava bom... Quando a equipe estava com três gols de desvantagem, o jovem entrou no vestiário, colocou o uniforme em silêncio, correu até o treinador e lhe fez um pedido, quase uma súplica: - Por favor, deixe-me jogar... Eu tenho que jogar hoje - falou com insistência.
O treinador não queria escutá-lo. Afinal, não podia deixar que seu pior jogador entrasse no final das eliminatórias. Mas o jovem insistiu tanto que, finalmente, o treinador, sentindo pena, deixou: - Ok, filho, pode entrar, o campo é todo seu...
Minutos depois, o treinador, a equipe e o público, não podiam acreditar no que estavam vendo. Aquele desconhecido, que nunca tinha participado de nenhum jogo, estava sendo brilhante. Ninguém podia detê-lo no campo e corria facilmente como uma estrela. Sua equipe começou a fazer gols até empatar o jogo e, nos últimos segundos, o rapaz interceptou um passe e correu por todo o campo até fazer o último gol. E graças a ele a sua equipe foi a vencedora. As pessoas que estavam nas grades gritavam emocionadas e ele foi carregado por todo o campo.
Finalmente, quando tudo terminou, o treinador notou que o jovem se afastara dos outros e estava sentado, em silêncio e pensativo. Aproximou-se dele e falou: - Garoto, não posso acreditar! Você esteve fantástico! Foi incrível! Conte-me: como conseguiu?
O rapaz olhou para o treinador e disse: - O senhor sabe que meu pai morreu... Mas o que o senhor não sabia é que ele era cego. Meu pai assistiu a todos os meus jogos, mas hoje era a primeira vez que ele podia me ver jogando... E com um sorriso molhado de lágrimas, concluiu: - Eu quis mostrar a ele que sim, que eu podia jogar bem.
Persistir num ideal, acreditar nas próprias forças, jamais desanimar e muito menos desistir, esse é o segredo para o sucesso!
( Colaboração de Mônica de Souza Lima )

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma historia verídica..

1 Leia aqui uma história veridica de Amor verdadeiro, impressionante!



A rapariga da foto chama-se

Katie Kirkpatrick, de 21 anos.
Ao lado dela está o seu noivo, Nick, de 23.
A foto foi tirada pouco antes da cerimónia de casamento dos dois, realizada a 11 de Janeiro de 2005 nos Estados Unidos. Katie tem cancro em estado terminal e passa horas por día recebendo medicação.
Na foto Nick aguarda o final de mais de uma das suas sessões.
2 Leia aqui uma história veridica de Amor verdadeiro, impressionante! A pesar de sentir muita dor, de varios orgãos estarem a falhar e ter que recorrer a morfina, Katie leva à frente o casamento e trata de cuidar ao máximo dos pormenores.
O vestido teve que ser ajustado varias vezes, pois Katie perde peso todos os días devido à doença.
3 Leia aqui uma história veridica de Amor verdadeiro, impressionante! Um acessório invulgar na festa foi o tubo de oxigeno usado por Katie que a acompanhou durante toda a cerimónia e a festa.
Outra foto são os pais de Nick, emocionados com o casamento do filho com a mulher com quem namora desde a adolescência.
4 Leia aqui uma história veridica de Amor verdadeiro, impressionante! Katie, sentada numa cadeira de rodas e com o tubo de oxigeno, escutando o marido e os amigos cantando para ela.
5 Leia aqui uma história veridica de Amor verdadeiro, impressionante! A meio da festa Katie pode descansar um tempo . A dor impede-a de estar em pé por muito tempo.
6 Leia aqui uma história veridica de Amor verdadeiro, impressionante! Katie morreu 5 días depois do casamento. Ver uma mulher tão debilitada vestida de noiva e com um sorriso nos labios faz-nos pensar…a felicidade sempre está ao alcance dure quanto durar e deveríamos de deixar de complicar as nossas vidas.
A vida é curta, trabalhe como se fosse seu primeiro día
perdoe rapidamente
beije demoradamente, ame verdadeiramente
ria incontrolavelmente
e nunca deixe de sorrir
por mais estranho que seja o motivo.
A vida não pode ser a festa que esperávamos
mas enquanto estamos aqui, devemos sorrir e dar graças…

Anuncio para Arrumar Namorada

ANÚNCIO PARA ARRUMAR NAMORADA


Matéria publicada  num jornal de circulação diária do Estado do Ceará
(Leia também a resposta da pretendente).



Homem descasado procura...

Homem de 40 anos, que só gosta de mulher, após casamento de sete anos, mal sucedido afectivamente, vem através deste anúncio, procurar mulher que só goste de homem, para compromisso duradouro, desde que esta preencha certos requisitos:
O PRETENDIDO exige que a PRETENDENTE tenha idade entre 28 e 40 anos, não descartando, evidentemente, aquelas de idade abaixo do limite inferior, descartando as acima do limite superior.
Devem ter um grau razoável de escolaridade, para que não digam, na frente de estranhos: 'menas vezes', 'quando eu si casar', 'pobrema no úter', 'eu já si operei de apênis', 'é de grátis', 'vamo de a pé', 'adoro tar com você' e outras pérolas gramaticais.

Os olhos podem ter qualquer cor, desde que sejam da mesma e olhem para uma só direcção.
Os dentes, além de extremamente brancos, todos os 32, devem permanecer na boca ao deitar e nunca dormirem mergulhados num copo d'água.
Os seios devem ser firmes, do tamanho de um mamão papaia, cujos mamilos olhem sempre para o céu, quando muito para o purgatório, nunca para o inferno.
Devem ter consistência tal que não escapem pelos dedos, como massa de pão.

Por motivos óbvios, a boca e os lábios, devem ter consistência macia, não confundir com beiço.
A barriga, se existir, muito pequena e discreta, e não um ponto de referência.
O PRETENDIDO exige que a PRETENDENTE seja sexualmente normal, isto é, tenha orgasmos, se múltiplos melhor, mas mesmo que eventuais, quando acontecerem, que ela gema um pouco ou pisque os olhos, para que ele sinta-se sexualmente interessante. Independentemente da experiência sexual do PRETENDIDO, este exige que durante o ato sexual a PRETENDENTE não boceje, não ria, não fique vendo as horas no rádio relógio, não durma ou cochile.
O PRETENDIDO exige que a PRETENDENTE não tenha feito nenhuma sessão de análise, o que poderia camuflar, por algum tempo, uma eventual esquizofrenia.

A PRETENDENTE deverá ter um carro que ande, nem que seja uma Brasília, ou que tenha dinheiro para o táxi, uma vez que pela própria idade do PRETENDIDO, ele não tem mais paciência para levar namorada de madrugada para casa.

Enviar cartas com foto recente, de corpo inteiro, frente e costas, da PRETENDENTE, para a redacção deste jornal, para o codinome:
'CACHORRO MORDIDO DE COBRA TEM MEDO ATÉ DE BARBANTE'.




Resposta da Pretendente, publicada dias após, no mesmo periódico Cearense :


Prezado HOMEM DESCASADO...
Li seu anúncio no jornal e manifesto meu interesse em manter um compromisso duradouro com o senhor, desde que (é claro) o senhor também preencha outros 'certos' requisitos que considero básicos! Vale lembrar que tais exigências se baseiam em conclusões tiradas acerca do comportamento masculino em diversas relações frustradas, que só não deixaram marcas profundas em minha personalidade, porque 'graças a Deus', fiz anos de terapia, o que infelizmente contraria uma de suas exigências!

Quanto à idade convém ressaltar que espero que o senhor tenha a maturidade dos 40 anos e o vigor dos 28, e que seu grau de escolaridade supere a cultura que porventura tenha adquirido assistindo aos programas do 'Show do Milhão'...!

Seus olhos podem ser de qualquer cor desde que vejam algo além de jogos de futebol e revistas de mulher pelada. E seus dentes devem sorrir mesmo quando lhe for solicitado que lave a louça ou arrume a cama. Não é necessário que seus músculos tenham sido esculpidos pelo halterofilismo, mas que seus braços sejam fortes o suficiente para carregar as compras. Quanto ? ? boca, por motivos também óbvios, além de cumprir com eficiência as funções a que se destinam, as bocas no relacionamento de um casal devem servir, inclusive, para pronunciar palavras doces e gentis e não somente: 'PEGA MAIS UMA CERVEJA AÍ, MULHER!'. A barriga, que é quase certo que o senhor a tenha, é tolerável, desde que não atrapalhe para abaixar ao pegar as cuecas e meias que jamais deverão ficar no chão. Quanto ao desempenho sexual espera-se que corresponda ao menos polidamente à 'performance' daquilo que o senhor 'diz que faz' aos seus amigos! E que durante o ato sexual, não precise levar para a cama livros do tipo: 'Manual do corpo humano' ou 'Mulher, esse ser estranho'!

No que diz respeito ao item alimentação, cumpre estar actualizado com a lista dos melhores restaurantes, ser um bom conhecedor de vinhos e toda espécie de iguarias, além de bancar as contas, evidentemente. Em relação ao carro, tornam-se desnecessários os trajectos durante a madrugada, uma vez que, havendo correspondência nas exigências que por ora faço, pretendo mudar-me de mala e cuia para a sua casa ... meu amor!!!

ass: A COBRA

Os Filhos

Vossos filhos não são vossos filhos
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não  de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não podem fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem rápido e para longe
Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria;
Pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável.
By Gibran Khalil , do livro : O Profeta

Carta de um Amargurado Coração

By Cassio Robattini
 



Prezado Sentimento
Já há longa data, Vossa Senhoria tens batido sem permissão a minha porta e tirado meu sono, meu sossego. Pior que isto : tens me torturado e  dado muito prazer ao mesmo tempo, como uma droga agindo sobre um viciado.
Seus representantes - cupidos - já não me deixam em paz e, aliás, parecem ter escolhido a mim como "vítima" principal, pois estou constantemente dominado pelo seu intrépido vírus.
Desde que começastes a me contaminar com sua volúpia maleficência, minha vida parece ter se transformado em um complexo quebra-cabeça, onde estão faltando as peças principais. E estas peças não se compram, nem se encontram simplesmente na rua. As vezes, quando acho que as encontrei, percebo que fazem parte de outro jogo, não se encaixam no meu. Estas mesmas peças são seres que "catalisam" a ação de seu vírus. Seres imensuravelmente superiores em sua plenitude e beleza. Incomparáveis em sua forma e maneira de nos cativar e após, dominar completamente.
Enfim, prezado sentimento, chego a finalidade desta e lhe comunico extraordinariamente :
"- Amor, suspenda seus cupidos, guarde suas flechas : estou de férias por tempo indeterminado . Tempo suficiente para me recuperar e preparar-me para a próxima.
Assim espero e não aguardo deferimento "
Amorosamente,
Coração Desafortunado da Vida !