sexta-feira, 30 de março de 2012

“Um caso de Amor” - Silvia Munhoz & PG- Quem Sou Eu? (Clipe Oficial)


    “Um caso de Amor”    
                                            Silvia Munhoz


Às voltas com problemas nunca solucionados, Lia resolveu sentar-se em frente ao computador, antes usado somente em trabalhos e pesquisas. Sem rumo ou objetivos maiores, pôs-se a navegar pelas salas de bate-papo.
Passou por várias delas, entrando e saindo logo em seguida. Não achava ninguém interessante para conversar, talvez por causa do seu estado de espírito, que, diga-se de passagem, estava uma bomba. Ou mesmo, porque não tinha o costume de ficar vagando pela “Internet”; mas precisava distrair-se, alegrar-se um pouco.
Em vias de desistir, espiou uma última sala. Entre muitos apelidos curiosos, “Homem Feliz” foi o único que conseguiu despertar-lhe interesse. Esse “nick” chamou sua atenção, provavelmente porque, em tese, contrariava os sentimentos de angústia e tristeza que a dominavam com freqüência. Decidiu descobrir o porquê do usuário tê-lo escolhido.
“Seria alguém realmente feliz? Teria motivos para sentir-se assimQual seria a receita?”. Foi com esse pensamento um tanto incrédulo que ela enviou uma mensagem.
Nos primeiros momentos, como em qualquer papo entre internautas, a conversa aconteceu chocha e sem graça. Pouco tempo depois, teclavam desenvoltos e alegres. Perceberam que havia entre eles uma certa identificação nos pensamentos e nas afinidades.
 Lia admirava-se das mensagens que retornavam cheias de vivacidade e lição de vida, fazendo crer que se tratava de um homem em paz consigo mesmo e com o mundo. Porém, alguma coisa lhe dizia que ele não era feliz, embora muito seguro de si e de suas idéias.
A maneira como Edy encarava as coisas deixou-a completamente intrigada. Sem contar que aquela simples companhia virtual lhe fizera um bem enorme. Ele havia conseguido colocar-lhe na alma uma pitadinha de felicidade. Nessa noite Lia desligou o computador com relutância.

O dia que se seguiu àquele encontro parecia interminável. A inexperiente internauta não parava de pensar na conversa que tivera e, na possibilidade de reencontrar o amigo “on line” novamente. Sem terem combinado nada anteriormente, ela sabia que seria quase impossível.  “Uma chance em um milhão!”- como se costumava dizer.
Sonhar não era proibido, era? Pois, então, Lia sonhou.
Mal anoiteceu, ela estava plantada na frente do “PC. Desejosa como uma criança em seu primeiro dia de aula. Quis estar cedo no “site”, tentando dar um empurrãozinho na sorte.
Foram uma espera e uma busca cansativas. Finalmente, lá estava ele.
“Achei!” – balbuciou ela, sorrindo.  O coração, fora de ritmo, batia acelerado. Lia, como sempre fora uma pessoa sensata e de pés no chão, se perguntou: “Por que tanta ansiedade? Que coisa mais boba!"                                                                                    
Voltou à realidade, se recompôs e fez o contato que tanto esperava. Usou um “nick” diferente. Não queria ser reconhecida de imediato. Precisava descobrir se ele fora sincero ao teclar. E, feliz da vida comprovou. Então, no momento apropriado, identificou-se como sendo a mesma pessoa da noite anterior. Quase não coube em si de alegria ao ser recebida calorosamente.

“Que sensação gostosa! Que sentimentos novos e estranhos!” – pensou.
Conversaram de tudo, riram muito e abriram seus corações. Confessaram coisas. Pareciam velhos amigos, conhecidos há tempos. Havia neles uma certa ternura implícita, reforçada pela confiança mútua e pelo carinho que sentiam.
 Foi  mais uma noite memorável para Lia, atrás da telinha do “PC”.
“Loucura! Devo estar ficando doida!” - se condenou, falando baixinho.
A partir do terceiro bate-papo, combinaram teclar através de um programa  restrito a um  pequeno grupo de amigos. Este permitia saber quando estavam “on line”. Isso facilitaria os próximos contatos. Não queriam perder tempo arriscando. Sentiam-se muito atraídos.
 Foram meses de encontros virtuais. A amizade crescia a cada um deles, dando sinais de que se transformava em algo intenso e envolvente, para estranheza de ambos.
Com o tempo, Lia acabou constatando que seu amigo não era tão feliz quanto dizia ser. Tinha lá suas diferenças, entretanto, procurava a todo custo não demonstrar.
Edy passava, às pessoas com quem teclava, a idéia clara de que a vida era feita de momentos felizes. Levantava o ânimo de qualquer um. Mas, lá no fundo, no íntimo da alma, tinha anseios sem respostas.
Talvez por esse motivo, pela alma em conflito, foi se deixando envolver pelas palavras da amiga. E, a cada novo encontro no “PC”, deleitavam-se com a sensação de que haviam achado suas almas gêmeas, embora não quisessem admitir tal absurdo.
Eles eram casados e tinham plena consciência de suas responsabilidades familiares. Experimentavam uma fase de muitos cuidados, decisões importantes e filhos na adolescência. Além do que, aquilo era uma fantasia, irreal, contatos virtuais, emoções virtuais.
 Isso existia? Se existia ou não, ainda não se sabia, mas a “Internet” estava cheia de corações apaixonados vagando por ela, que caíram nessa estranha malha chamada - “Amor Virtual”.
Acreditando ou não, estranhando ou não, estavam presos como muitos outros. Porém, entre eles aconteceu o inesperado. Era fato que quando jovens, talvez até como quase todos os adolescentes, escreviam versos, arriscavam temas. Todavia, sem darem o valor devido, abandonaram as rimas. Agora, sentiam ressurgir quase que incontrolável todo aquele ímpeto da adolescência - emoções fortes e arrebatadoras. Isso fez com que voltassem a escrever, trocando versos e opiniões a respeito dos trabalhos. Foram muitos, iam e vinham pela “Internet”, levando seus corações neles.
 Por vezes declararam-se, escondidos atrás dos poemas. Parecia loucura, tudo virtual, bem longe do real. Viviam momentos felizes, mas de um modo totalmente diferente do normal e não conseguiam entender bem aquilo.
Resolveram então, aceitar sem questionar, apenas sentir, e o fizeram. Viveram plenamente muitos encontros virtuais e eram felizes assim. Porém, como nada é perfeito, nada dura para sempre, as famílias perceberam diferenças de comportamento e começaram pressionar da maneira que conseguiam.
Os encontros pela “Internet” ficaram difíceis e raros, muitas vezes tensos pelo efeito do controle que lhes impunham. Tudo se complicava. Pelo sim, pelo não, impelidos pela moral e os bons costumes nos quais foram rigidamente criados, decidiram que o melhor e mais indicado seria terminarem esse relacionamento.
Diante da injustiça de verem anulados seus sentimentos, favorecendo pessoas poucas vezes sensíveis, optaram por perpetuar o que sentiram um pelo outro enquanto puderam teclar. E assim, tendo colocado “on line” todos os poemas que fizeram, num bem montado “site”, despediram-se definitivamente.
Destinados a tornarem-se mais um dos desencontros da vida, viram  com muita tristeza, seus corações partirem soltos pela “Internet”, num mundo totalmente novo e virtual, enquanto seus corpos permaneciam presos aos velhos padrões morais do mundo real.




                                                 PG- Quem Sou Eu? (Clipe Oficial)



quinta-feira, 29 de março de 2012


Coisa de Formiga

 Maria Ana Maioli

Em um dia de outono, sentei-me diante de meu jardim e fiquei a observar as folhas mortas que caem com o balançar do vento. Até na natureza Deus dá chegadas e partidas, oportunidades de idas e vindas.
Folhas mortas...Enquanto foram vidas em folhas, quanto se enroscaram umas nas outras no balançar do vento. Quantas derrubadas antes do tempo da mão que poda, que as retira de seu habitat natural, ou quanto enfrentaram sol, tempestade, vento agarradas em seus galhos.
Apenas folhas...Folhas com destino, afinal tudo é vida. Verdes a princípio, amareladas, e com o tempo caídas... Adubo de novas e outras verdes vidas. E sentado diante do jardim continuo a observar, deparando com uma trilha de formigas que passam diante de mim. Uma fila destes minúsculos insetos vem colaborando com sua comunidade, em busca de suprimentos aguardando o inverno que está a chegar. Trabalham arduamente, somam para depois dividir respeitando a lei da sobrevivência. Todas as formigas carregam pequenas folhas seguindo para o mesmo endereço. Noto que uma delas tem um enorme fardo, maior do que pode carregar, um pouco anda e um pouco pára, tentando conseguir forças para prosseguir.



Porém uma de suas companheiras sem carga nas costas nota o imenso esforço, e vindo do final da fila coloca-se a andar rapidamente, e vem socorrer sua exausta semelhante. Seria intuição? Inteligência, para tão pequenino inseto? Onde teria aprendido a solidariedade? Esta coloca-se ao lado da companheira e juntas dividem o peso caminhando no mesmo compasso lado a lado, e eu ali diante de meus olhos vendo esta cena acontecer, logo penso o quanto tenho que crescer. Sou menor que estes pequenos insetos sem cérebro, sem coração, sem emoção.
Seguem as duas até o local do depósito e entram no ninho e somem diante de meus olhos. Acompanho o restante da longa fila que vem atrás, e me levanto. Olho para o céu e me pergunto:- Quem somos nós? Tantos mestres, tantos gurus, e ainda nem sabemos repartir, nem dividir o peso da vida com um desconhecido. Muitas vezes nem ao menos com aqueles que nos dão "Bom Dia" todos os dias, que dormem no mesmo teto e temos como companhia. Encontrei sabedoria, solidariedade, harmonia, lição de vida em um pequeno jardim. Olho para o radiante sol e reflito: Folhas mortas...formigueiro...
Nunca ouvi o gemido das folhas caindo quando chegam ao seu fim. Nunca ouvi o lamento das formigas trabalhando horas a fio, caminhando longos trechos, desviando de vários obstáculos. Abaixo de nossas pés se esconde uma enorme e grande sabedoria.
Aprendi que de vez em quando devo me abaixar e observar, antes de olhar para o alto e clamar.





                            Fernandinho - Como eu te Amo



Primeiros Sonhos ...Eduardo Baqueiro & Quando penso em você Lilian Poesias


Primeiros Sonhos
Eduardo Baqueiro



Quando era menino sonhava acordado!
Via minha vida como num filme...
Via sempre uma menina ao meu lado,
Tinha um jeitinho que jamais encontrei.


Meu caminho não foi como eu sonhei,
Não houve tantas flores,
Nem o amor que tanto desejei.
Hoje já passei da metade de minha vida...


Os sonhos ficaram no passado,
As ilusões ficaram perdidas dentro de mim.
Perdi para as frustrações de minha vida,
Meu passado tornou-se escuro.


A estrela que deveria acendê-lo não apareceu...
Já sentia o fim se aproximando!
Perdi a fé e a pureza dos primeiros anos,
Aprendi a chorar para esquecer as desilusões...


Mas apareceu você, menina.
Jeito de criança, coração de mulher,
Desejando amar como se fosse o único
motivo para existir;
Me amedrontei, confesso!


Minha idade e minha caminhada
Não me prepararam para te amar!
Já me encontrava cansado, desanimado,
Mas seu toque de midas me acendeu o futuro...


Dentro de mim nasceu o jovem que não conheci,
Expulsei o desânimo e me tornei seu homem!
E hoje eu aprecio a vida, o vento no rosto,
Vejo flores em meu caminho.


Tenho um ombro para encostar minha cabeça,
Para chorar de alegria e descansar.
Não mais sonho,
Vivo a realidade de meus sonhos!

                                              Quando penso em você Lilian Poesias



segunda-feira, 26 de março de 2012

Recordações - Célia Gil, narciso silvestre & James Blunt - Goodbye My Lover (Legendado)


Recordações

  

   Tacteio com dedos trémulos, com esta cegueira interior e remexo num emranhadao de chaves que abrem as minhas recordações.

     Às vezes, sento-me ao lado delas, e, como amigas sérias de longa data, vemos passar a vida mesmo à nossa frente. Nada fazemos, ambas prostradas no caminho que não seguimos, nas experiências que não vivemos, nas emoções que não sentimos. Mas partilhamos, como amigas sérias, sem demonstrarmos o que sentimos, porque não o necessitamos, ambas sabemos que o sentimos sem que haja necessidade de palavras, de troca de olhares, porque a nossa cumplicidade reside nas imagens que partilhamos, sem que haja necessidade de comentar, sem que nos consigamos apoiar, convictas de que fazemos parte uma da outra, como amigas sérias que somos.
     Outras vezes, sento-me à tua frente, igualmente prostrada, mas só, na mesma passividade. Vejo-te desfiar lembranças como contas de um rosário, e observo, comprazendo-me ou desfazendo-me em dolorosas lembranças. De mãos trémulas, olhos desfocados por uma névoa de saudade que dói. Vejo-vos, lembranças do que fui, fluir para longe, tão longe que só vos alcanço com o poder da mente. Vejo-vos fugirem-me por entre os olhos, desvanecerem-se e quase se apagarem. E fujo, fujo sem olhar para trás.
Em certas ocasiões, em que me sinto quase independente delas, limito-me a ignorá-las, deixando-as no meio da calçada de lugar nenhum. Sigo, ultrapasso-as, perante o seu espanto, e prossigo. Mas, aos poucos, desconheço-me, perco o que fui, vagueio no que sou e sinto que deixei parte de mim nessa calçada em que vos abandonei para sempre.

                                                Recordações,
     Não me deixem vaguear perdida e sozinha. Peguem-me na mão e caminhem comigo, estrada afora. Ajudem-me a reconhecer sempre as chaves de cada uma de vós. Sois o único elo que me prende ao que já não sou, ao que não voltarei a ser e ao que não voltarei a ter, mas preciso de vós para continuar a viver e a ver, com lucidez, o caminho a seguir rumo ao futuro… 




                                 James Blunt - Goodbye My Lover (Legendado)



sexta-feira, 23 de março de 2012

Dá-me a tua mão. Lêda Mello & You Make Me Feel Brand New - Tradução


Dá-me a tua mão. 
Lêda Mello 



                                                             Dá-me a tua mão.
O dia nasce e a estrada é longa
O tempo passa e o presente é chama
Há muitos sóis e luas e serenos
Até chegarmos à Terra Prometida
De onde jorra o leite, o pão e o mel


Dá-me a tua mão.
Pelo caminho, a noite, o vento e o frio
Serão apenas frágeis desafios
Pois o calor das nossas mãos em laço
Aquecerão os corpos antes que o cansaço
Ameace o sonho dessa estrada a dois


Dá-me a tua mão.
E o sol em brasa em vão fustigará
Nosso caminho feito de esperanças
Pois nossas mãos unidas, enlaçadas
Serão para nós, assim, como um regato
Em cujas margens descansamos nós



Dá-me a tua mão.
E ao fim veremos, ao olharmos o céu
Serão só nossas todas as estrelas
Que nos guiaram enquanto caminhávamos.
E ao chegarmos à Terra Prometida
Teremos farto o leite, o pão e o mel





http://www.laurapoesias.com/irmaos_motta_mello/da_me_tua_mao.htm 



                         You Make Me Feel Brand New - Tradução


quinta-feira, 22 de março de 2012

EM BUSCA DE UMA ESTRELA - ( Autora: Criszinh@ ) & Mariah Carey and Destiny's Child DUET!!! The Star Spangled Banner! LIVE


EM BUSCA DE UMA ESTRELA

   

Certa vez alguém, 

uma história me contou e afirmou, que 

 entre as inúmeras estrelas do céu uma delas
 teria um brilho singular e muito mais intenso.
Mas esta luz, só por uma pessoa seria
 possível ser vista, pois ela estaria ali, a espera
 de um olhar, para quem ela foi destinada.
Falou também que ao encontrar esta estrela
dentro de mim, tudo se modificaria pois ela
 estaria brilhando,especificamente para
 guiar o meu caminho e me levar ao
encontro do Grande Amor da Minha Vida.

Ouvindo isso, me senti pequena para o Céu alcançar e não me achava merecedora 
 e capaz, de um dia, alguém conquistar.
Novamente este alguém, dando continuidade 
a história, voltou-se para mim e completou:
Todos nós temos uma luz própria
e ocupamos um lugar especial neste majestoso universo. Disse também que para cada um de nós sempre existirá a hora em que este brilho será vislumbrado, de uma forma tão
inesperada que eu até custaria a acreditar, 
que ela ali estaria, com todo seu esplendor, 

brilhando intensamente ,só para mim
Atenta e com o coração feliz, repleto de esperança, 

este alguém ainda completou: apesar de não levarmos muito em conta, existe Alguém lá em cima que conhece muito bem o coração de cada um de nós.


Podemos até chamá-lo de “Colhedor de Estrelas”, 

e por nós tem uma missão muito especial.
Como conhecedor profundo de nossas almas, 
colher as estrelas, cujo brilho mais se assemelharem
e escolher o momento exato em que dois olhares
em busca de um grande amor irão ao mesmo tempo avistar, esta estrela tão especial.
Depois de toda esta história ouvir esperei ansiosa pelo anoitecer. E o céu, me vi a contemplar, pois acreditei que naquele dia Minha Estrela iria avistar 

Fui então em busca do meu amor encontrar e no brilho de cada estrela eu procurava o seu olhar. Chegou o amanhecer, e a estrela com tal brilho em nenhum momento apareceu.

Por diversas noites, fiquei a janela esperando.

Firmando o pensamento, para que fosse aquele o momento em que a estrela que a mim mais se assemelhasse estivesse a minha espera. Mas foi em vão, não conseguia avistá-la e passei a crer que toda aquela história, não passava de meras palavras apenas para alimentar esperanças em quem já as tivesse perdido. Mas numa destas madrugadas, onde o sono não conseguia me dominar, um raio de luz atravessou a janela e invadiu meu quarto. Corri para observar aquela maravilha que parecia ter vida própria e me fazia sentir abastecida de uma paz infinita 




Ao olhar para o céu, vi uma linda e majestosa Estrela

e junto a ela, mãos, como se estivessem ofertando-a para mim. Mas seu brilho não era diferente das demais estrelas que a sua volta estavam. Lembrando-me então da história que haviam me contado, logo imaginei que não seria aquela estrela que me levaria ao encontro do Meu Grande Amor pois ela não se diferenciava das demais. Instantes após, ouvi baixinho uma voz a me dizer:

Eu sou o Colhedor de Estrelas, e estou aqui numa missão importante. Vendo o seu coração aflito, em busca de sonhos e de um grande amor vim entregar em suas mãos a estrela tão especial que procuras, mas por tão grande amor contido dentro do seu coração ainda não encontrei outra que tenha o brilho que se assemelhe ao seu. 


Por isso vou deixá-la ao seu lado, e não mais no firmamento. Assim você terá a certeza que esta espera não será em vão, e no momento exato, ela irá brilhar só para você, 

porque você conquistará o seu amor e tudo aquilo que tanto sonhou. Passo ela agora às suas mãos, pois sei que muito em breve

ela terá o brilho mais intenso do universo, pois será iluminada pelo sentimento mais lindo e puro que cultivas e trazes dentro do seu coração,  O AMOR.




( Autora: Criszinh@ )




                                    Mariah Carey and Destiny's Child DUET!!! 

                                        The Star Spangled Banner! LIVE



terça-feira, 20 de março de 2012

A MACIEIRA ENCANTADA - Maria Madalena de O. Junqueira Leite & Barbra Streisand -Ave Maria

A  MACIEIRA  ENCANTADA


Maria Madalena de O. Junqueira Leite


Era uma vez um reino antigo e pobre,
situado perto de uma grande montanha.

Havia uma lenda de que, no alto dessa montanha havia uma Macieira mágica,
que produzia maçãs de ouro.
Para colher as maçãs era preciso chegar até lá,
enfrentando todas as situações que aparecessem no caminho.
Nunca ninguém havia conseguido essa façanha, conforme dizia a lenda. 



O Rei do lugar resolveu oferecer um grande prêmio àquele
que se dispusesse a fazer essa viagem e que conseguisse trazer as maçãs,
pois assim o reino estaria a salvo da pobreza
e das dificuldades que o povo enfrentava.
O prêmio seria da escolha do vencedor
e incluía a mão da princesa em casamento.

Apareceram três valorosos e corajosos cavaleiros
dispostos a essa aventura tão difícil.

Eles deveriam seguir separados e, por coincidência, havia três caminhos:

1º - rápido e fácil, onde não havia nenhum obstáculo e nenhuma dificuldade;

2º - rápido e não tão fácil quanto o primeiro,
pois havia algumas situações a serem enfrentadas;

3º - longo e difícil, cheio de situações trabalhosas. 



Foi efetuado um sorteio
para ver quem escolheria em primeiro lugar um desses caminhos.
O primeiro sorteado escolheu, naturalmente, o Primeiro caminho.
O segundo sorteado escolheu o Segundo caminho.
O terceiro sorteado, sem nenhuma outra opção, aceitou o Terceiro caminho.

Eles partiram juntos, no mesmo horário,
levando consigo apenas uma mochila contendo alimentos,
agasalhos e algumas ferramentas.

O Primeiro, com muita facilidade chegou rapidamente até a montanha,
subiu, feliz por acreditar que seria o vencedor
e quando se deparou com a Macieira Encantada sorriu de felicidade.
O que ele não esperava, porém, é que ela fosse tão inatingível.
Como chegar até as maçãs?
 Elas estavam em galhos muito altos.
Não havia como subir.
O tronco era muito alto também.
Ele não possuía nenhum meio de chegar até lá em cima.
Ficou esperando o Segundo chegar para resolverem juntos a questão. 



O Segundo enfrentou galhardamente
a primeira situação com a qual se deparou,
porém logo em seguida apareceu outra,
e logo depois mais uma e mais outra,
sendo algumas delas um tanto difíceis de superar.
Ele acabou ficando cansado, esgotado até ficar doente, e cair prostrado.
 Quando se deu conta de seu péssimo estado físico,
foi obrigado a retroceder e voltou para a aldeia,
onde foi internado para cuidados médicos.

O Terceiro teve seu primeiro teste quando acabou sua água
e ele chegou a um poço.
Quando puxou o balde, arrebentou a corda e ele então, rapidamente,
com suas ferramentas e alguns galhos,
improvisou uma escada para descer até o poço
e retirar a água para saciar sua sede.
Resolveu levar a escada consigo e também a corda remendada.
Percebeu que estava começando a gostar muito dessa aventura. 



Depois de descansar, seguiu viagem
e precisou atravessar um rio com uma correnteza fortíssima.
Construiu, então, uma pequena jangada
e com uma vara de bambu como apoio,
conseguiu chegar do outro lado do rio, protegendo assim sua mochila,
seus agasalhos e todo o material que levava consigo
para o momento que precisasse deles, incluindo a jangada.

Em um outro ponto do caminho ele teve de cortar o mato denso
e passar por cima de grossos troncos.
Com esses troncos ele fez rodas para facilitar o transporte do seu material,
usando também a corda para puxar.

E assim, sucessivamente, a cada nova situação que surgia,
como ele não tinha pressa, calmamente,
fazendo uso de tudo o que estava aprendendo nessa viagem
e do material que, prudentemente guardara, resolvia facilmente a questão.



A viagem foi longa, cheia de situações diferentes,
de detalhes, e logo chegou o momento esperado,
quando ele se defrontou com a Macieira Encantada.
O Primeiro havia se cansado de esperar e também retornara ao povoado.

O encanto da Macieira tomou conta do Terceiro.
 Ela era tão linda, grande, alta, brilhante.
Os raios do sol incidindo nos frutos dourados
 irradiavam uma luz imensa que o deixou extasiado.
Quanto mais olhava para a luz dourada, mais ele se sentia invadir por ela,
e percebeu que todo o seu corpo parecia estar também dourado.
Nesse momento ele sentiu como se uma onda de sabedoria
tomasse conta de seu ser.
Com essa sensação maravilhosa ele se deixou ficar,
inebriado, durante longo tempo.
Depois do impacto ele se pôs a trabalhar e preparou cuidadosamente,
seu material, fazendo uso de todos os seus recursos.
Transformou a jangada numa grande cesta,
 para guardar as maçãs dentro, subiu na árvore, pela escada,
usou o bambu para empurrar as maçãs mais altas e mais distantes.
Tudo isso e mais algumas providências
 que sua criatividade lhe sugeriu para facilitar seu trabalho,
que havia se transformado em prazer.

Depois de encher a cesta com as maçãs,
e com a certeza de que poderia voltar ali quando quisesse,
por ser a Macieira pródiga, ele agradeceu a Deus por ter chegado,
por ter conseguido concluir seu objetivo.
Agradeceu principalmente a si mesmo pela coragem
e persistência na utilização de todos os seus recursos,
como inteligência e criatividade.

Voltou pelo caminho mais fácil, levando consigo os frutos de seu trabalho
e de seus esforços, frutos esses colhidos com muita competência e merecimento.
Descobriu, entre outras coisas que: 



tudo que apareceu em seu caminho foi útil e importante para sua vitória;
cada uma das situações que ele resolveu, foi de grande aprendizado,
não só para aquele momento,
mas também para vários outros na sua vida futura;
quando você faz do seu trabalho um prazer,
suas chances de sucesso são muito maiores; quando seu objetivo vale a pena,
não há nada que o faça desistir no meio do caminho;
a sua vitória poderia beneficiar a vida de muita gente
e também servir de exemplo a outras pessoas,
a quem ele poderia ensinar tudo o que aprendeu nessa trajetória.
O resto da história vocês podem imaginar.
E como toda história que se preze, viveram felizes para sempre...

Eu gostaria de convidar a todos que lerem essa metáfora
a fazerem uma reflexão sobre seu conteúdo e acrescentar,
de acordo com a sua própria experiência e compreensão do texto,
novas descobertas e possíveis benefícios e aprendizado,
tanto para si, quanto para outras pessoas.





http://www.sokarinhos.com.br/mens_a/mens_a_amacieira.htm 

 

                                  Barbra Streisand -Ave Maria