sábado, 12 de março de 2011

Cicatrizes

                                           CICATRIZES

                                                                                     Cicatrizes     
No corpo, mormente, expomosAs marcas dos ferimentos,Dos danos, fatais momentos,Que, às vezes, vivenciamos.Os machucados reaisOu eventos inocentes,Feridas inconseqüentes,Sofrendo ou não, relembramos.
Mas existe um tipo amargoDe marcas que vão ao fundo,São as tristezas do mundo,Injustiças que passamos,São amores que perdemosOu nódoas da consciênciaQuando nós, por negligência,A outrem prejudicamos.
Nos caminhos da existência,Estas mais duras feridasCalcadas em nossas vidas,Que nos abalam a calma,Formam tensas provações,Calam mais forte na gente,São os algozes da mente,São cicatrizes da alma...
As cicatrizes do corpoMais fáceis de controlar,São passíveis de operarOu de tê-las maquiadas...Porém dores metafísicasDifíceis de disfarçar,Teimam em atormentarAs almas fragilizadas...
Essas mágoas do espírito,De um sofrer inconfundível,Nem sempre me foi possívelExtirpar pelas raízes...Então sigo meu caminho,Longa estrada a percorrer,Aprendendo a conviverCom as minhas cicatrizes...
©Oriza Martins

sábado, 5 de março de 2011

O Vôo do Condor

As vezes, sinto vontade de voar, com uma pretensiosa convicção de saber planar sobre as nuvens e montanhas. Mas até nos sentimentos, a força da gravidade nos mantém presos a vínculos, que até hoje, não consegui aceitar seus mistérios e porquês. É como se a vida me conduzisse para os meus mais íntimos sonhos e uma força poderosa, mas sem preceitos estabelecidos por mim, me chamasse para a razão. Uma razão que não me cabe julgar ou aceitar, pois ela já existe dentro de mim. Como queria voar! Sem local e hora de pouso. Simplesmente voar! Voar em busca de viver, voar em busca do meu "eu", voar nos meus sonhos e desejos mais íntimos, como o Condor, que ao olhar para baixo, sente a fragilidade dos que se encontram sobre a terra e extasiado senti-se distante de todo tipo de mesquinharias que lá se encontra. Talvez este condor até tentasse um vôo rapante, mas longe de se iludir com a paisagem tão próxima e batendo com toda força suas asas, fugiria, como se já conhecesse aquele lado falso do belo e não quisesse mais iludir-se. Permanecendo longe de tudo e de todos. Evitando sofrimentos e questionamentos. Sendo um pouco egoísta a quem o quisesse julgar, mas vivendo, não sei como, o seu sonho de superioridade. Mesmo sendo umsentimento, que dentro dele, não significasse, exatamente superioridade e sim liberdade. Voar, voar, voar... Um vôo sem limites, sem rumo, mas um vôo verdadeiro, de um ser que nunca vai se encontrar na realidade, pois seus sonhos são maiores, mas impossíveis, porque o mundo não é dele e o rumo das leis já estabelecidas, não mudam. Voe Condor! Não olhe para baixo, não olhe a razão! Simplesmente voe! Procure ser feliz! É difícil, eu sei! Mas me faça também um pouco feliz, vendo-o partir. Saia dessa prisão, e não se culpe . Você foi feito para viver livremente, não se puna por um desejo, que está lhe sufocando. Ponha-o em prática e se não der certo, o caminho de volta você também conhece e pode tentar regressar, mas, mais bonito e corajoso, menos deprimido e confiante. Você irá se conhecer e irá com certeza mudar sua pequena vida.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Se um dia...por LUA VERDE

Se um dia for teu sonhar…
Voaremos juntos num arco-íris de sentidos
Em tuas mãos abraçarei o mundo
Nos teus olhos mergulharei minha alma
Da tua boca roubarei mil sorrisos coloridos.
Se um dia for teu acordar…
Mandarei a Lua vir beijar o Sol
Num beijo terno e doce
Feito de bolas de sabão
Imenso de magia, sonho e verdade.
Se um dia formos o momento…
Quero ser teu sopro eterno
Pássaros cantarão no nosso jardim
Das fontes brotarão pétalas de mel feitas
As lágrimas secarão na nossa memória.
Se um dia fores Tu e Eu..
A perfeição fugirá envolta de vergonha
E o Mundo será demasiado belo