sábado, 11 de junho de 2011

Sonhar como os Jovens sonham -Por: Marcos Woyames de Albuquerque)


(Por: Marcos Woyames de Albuquerque)

- O Sr. não vai atravessar?

- Hã?
- O Sr. não vai atravessar?
- Sim... claro!
- Precisa de ajuda?
- Hã?
- Precisa de ajuda?
- Está bem? O Sr. está passando bem?
- Estou, estou sim, apenas me perdi em meus pensamentos.
Não sei onde estava naquele momento!
Enquanto esperava para atravessar a rua meus pensamentos voaram, foram longe. Tão longe quanto a distância que nos separa. Tão longe quanto o tempo que nos separa.
Não sei exatamente quanto tempo fiquei ali, parado, mas foi o suficiente para que o guarda de trânsito, que posicionado do outro lado da rua, me tivesse notado.
Certamente foram alguns minutos nos quais repassei uma vida. Não a minha vida, mas a vida que sonhamos.
Sei que jamais haverá uma vida inteira em comum, sei que jamais haveremos de viver por uma vida. Estou consciente de que no máximo teremos minutos, horas, exagerando teremos dias, porém, jamais passaremos disso.
É um sonho? Claro que é! Então, como num sonho, nossos minutos, nossas horas talvez nossos dias, serão a nossa vida.
Viveremos tão intensamente, estaremos juntos tão intensamente, pertenceremos um ao outro com tanto fervor, que valerá por uma vida.
Não quero falar do que faremos, mas do que viveremos. Viveremos nossos sonhos. Todos aqueles sonhos que estamos alimentando há tanto tempo. Todos aqueles sonhos que à distância imaginamos, juntos ou cada um por si, mas serão os sonhos que imaginamos para nós.
O passeio descalço na areia, o molhar os pés nas ondas, as mãos dadas ao entardecer, os olhares de cumplicidade, os beijos roubados, os rodopios abraçados, o beber no mesmo canudinho, a felicidade estampada no rosto, o voltar a ser jovem e, como jovens... namorar.
Naquele instante, parado na calçada, junto ao meio fio, eu viajei. Em minha viagem imaginei. Em minha imaginação peguei em sua mão e, com sua mão segura na minha mão, eu me perdi. Me perdi no meu sonho, me perdi no nosso sonho.
Naquele instante, parado na calçada, junto ao meio fio, mão na mão, eu me perdi. Me perdi da vida real. Me encontrei na imaginação. Me encontrei no sonho...um sonho impossível que me faz amar você!

Um comentário:

  1. Um encanto seu blog, adorei ja estou seguindo!
    Obrigada por seguir o meu, volte sempre!
    Bjos

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