O MENINO QUE ERA ANJO
Eduardo Baqueiro
Era uma noite fria e chovia, voltava de meu trabalho em meu carro. Resmungava achando ruim do trânsito, estava atrasado para ver meu programa favorito.

O garoto em tom suave me falou assim: moço, eu não quero seu dinheiro, quero apenas lhe avisar que houve uma batida logo ali e que o senhor deve tomar outro caminho e te desejar uma feliz noite.
Aquelas palavras soaram como um tiro no peito. Eu estava preocupado em chegar em casa e ignorava meu mundo. Mas aparece um anjo para me auxiliar e me dar uma boa noite.

Parei meu carro no estacionamento e sentei na calçada com aquele anjo de pés sujos mas de um coração que jamais vira. Perguntei-lhe se tinha fome e uma resposta afirmativa me veio daquele menino de rua. Saímos dali e fomos a um bar próximo e comemos um lanche.

Aquele pivete fez em mim o que o mundo não conseguiu. Tocou fundo meu coração. Hoje ele não precisa mais de viver na rua. Tem seu lar e sua própria família e é feliz. É feliz de tal forma que não compreendia e aprendi com aquele menino de rua.

Aquele menino que é um anjo ainda ensina a todos que cruzam seu caminho, lições simples de amor e fraternidade. E eu agradeço a Deus a oportunidade que tive de conhecer aquele anjo em uma noite fria e chuvosa.
Olha pra mim - Toque no altar
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